terça-feira, 18 de setembro de 2007

O Enfermo

O sorriso em tua face não condiz com tal doença
Aviltante, que degrada e corrompe tua aparência
O olhar distante e baixo, tão baixo que nem se nota
Ali por trás das pálpebras cansadas, de esperança o olhar se embota.
Cá estou, encucado sem compreender
Homem fraco, sozinho, enfermo
Deixa a força transparecer
Através de um sorriso lindo
Sem tanto brilho, pois apavora
Por dentro: desgraça e dor
Por fora: um vestígio de glória
Beijou-me a alma, fez-me pensar
Como pode de tanta dor
Alegria assim brotar?
Sei dos dias de festa
Que causaram-me dor
ÓDio
Raiva e
vingança
transformei em AMOR
Mas no leito da morte
Fico sem ententer
Como pode um sorriso
Assim transparecer?
Se você assustado
Como eu, se pergunta
Descobri em seguida porque ele sorria
Estava ao lado a enfermeira
Que à ele dizia
Que aquele sem dúvida
Era seu último dia
E num momento de calma
E depois da avaria
Um sorriso tão simples
trouxe toda a alegria
Que deixara a salinha
De um triste hospital