terça-feira, 15 de abril de 2008

Embebido

Oh! Tragédia!
Ele bebe demais
Impressionante seu entusiasmo ao beber
E não me preocupa tal bebedeira
Mas a sinceridade que adquire
Fala demais, demais as verdades
Verdades doem, cortam, sangram e racham
Tome menos vodka, tome menos vinho
Você quando bebe, se torna agressivo
De palavras e de olhares
Não diga à quem não quer ouvir
O que gostas de falar
Ser boêmio
Viver a boemia
Dia por noite
Noites por dias
E seguir assim rasgando
Sentindo ressacas
Sentindo remorço
Falando demais, falando de menos
Matando a sede
A sede roendo
Olhando com olhos
Que querem cortar
Então rasga.