sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desconforto

Meio desconfortável estar por aqui sempre
Perto, pálido e quase transparente
Eu tenho andado assim.
Meus olhos se perdem no infinito
Como se observassem a loira de cabelos longos e vestido desbotado
Meio hippie
Que eu nunca poderei ter
De olhos azulados nos quais jamais poderei mergulhar.
Como eu queria estar por lá...
No meio da noite me tranco no sonho de um novo desejo
Um lugar novo, estranho e cheio de sortilégios
Com pessoas que me façam parecer um ingênuo aprendiz
Do álcool, do sexo, da confiança e da paixão.
Eu quero contar dias, horas e até minutos
Cada segundo que se perde eu engulo com angústia
Quero logo estar por lá.
Eu não sou muito de ficar por aqui
Queria só um pouco de disntância e privacidade
Pra que eu goze, beije e durma a vontade
Pra que o tempo todo seja só felicidade
Debruçada num copo de Montrachet.
Estou a ponto de vomitar em alguém
E esse trem que nunca vem
E sendo assim, eu vou como for
A pé ou como der
Passar alguns anos e voltar sozinho
Talvez assim eu goste ao menos
De quem aparece em meu caminho
E não só de mim.

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