segunda-feira, 1 de junho de 2009

Em paz com meu tormento

Depois de horas de ar gelado
Sinto o frio tomar de conta de todo meu quarto
Está de volta a velha amiga insônia
Minha querida e odiada paixão.
Eu tenho um desespero enorme que cultivei com o tempo
Está aumentando e possuindo a alma, o corpo e principalmente a calma.
Passo o dia pensando na hora de parar, a hora mais certa
A mente esvazia, e logo vem a terrível sensação de invalidez
O que eu tenho feito?
O que devo ser?
Eu vou tocando a loucura na ponta dos dedos
Um medo enorme de chegar bem perto e abraçar
Os intervalos sem respiração durante a noite
Me deixam sempre cansado
Sempre enjoado
Eu só me sinto morrer.
Porém, este é um texto de paz.
Faço as pazes com a loucura, a impaciência e ansiedade.
As noites são longas e eu passo assim
Sempre acordado
Pois se fecho meus olhos, minha mente se recusa a dormir.
Figurativa cocaína...
Medo que incomoda sem motivo algum
Sou um eterno dependente da minha pena por mim mesmo.
Quanto mais tento ser apaixonante
Mais percebo que sou apenas um contraste
De tristeza e felicidade
E eu só queria repousar
Ser um eterno sorridente
Sem pensar em nada.
Eu gosto do teu perfume, dos teus seios, cabelos, boca e pernas.
Mas o que quero realmente é que viva por mim
Pois esta vida não me pertence
Já a entreguei
Eu vivo só pra vegetar.

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